9 de julho de 2010

Respiro o teu corpo



Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

2 comentários:

  1. Demorei mas cheguei cá! Fazes bem em partilhar poemas soltos! Vou passando por aqui para me inspirar ;-)

    ResponderEliminar
  2. Há tanta coisa linda! Benvinda,nunca se chega atrasado nestas coisas :-) Beijos

    ResponderEliminar