31 de maio de 2010

Soneto do Amor Total

Fleurette - Escultura de Daniel Campagne

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Morais

2 comentários:

  1. Ahhhh, Vinicius... suave como a espuma do mar a tocar a pele à beira de água... honesto e genuíno como uma criança cobiçando um brinquedo... É o amor como uma brincadeira leve, que, afinal!, em criança é tão séria como a Vida, que se é (ou devia) ser levada numa brincadeira de Amor... :)

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  2. É saber estar com todos os sentidos e ter consciência de como eles são todos, à vez ou em conjunto... como numa brincadeira, estimulados. Brincar no sentido de explorar, de se deixar estimular, de se descobrir... e de crescer!

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